Dúvidas e Respostas

O que acontece comigo pode ter origem espiritual? Pergunte, procuraremos respostas juntos.

Objetivo deste blog: Auxiliar através dos textos postados, se você tem dúvidas sobre o que anda vivenciando, vamos conversar, vamos procurar resposta juntos, esta a função deste espaço. Comente, pergunte, questione, duvide, esclareça, estamos aqui! Deus os abençoe na esperança de dias melhores!







terça-feira, 15 de novembro de 2011

MORRER OU DESENCARNAR?


MORRER OU DESENCARNAR?

Eita, conceito difícil de assimilar e viver a diferença entre um e outro!
O primeiro, morrer, quer dizer: cessação da vida, extinção das funções vitais; enquanto que desencarnar, quer dizer: deixar a carne, passar para o mundo espiritual; então morrer é triste, é o fim, acabou, enquanto que desencarnar nos faz entender sobre um novo começo, mas com continuidade. Aprendemos com O Livro dos Espíritos, Livro II, Capitulo III, nas seguintes questões:

149. Em que se transforma a alma no instante da morte?
– Volta a ser Espírito, ou seja, retorna ao mundo dos Espíritos, que ela havia deixado
temporariamente.
150. A alma conserva a sua individualidade após a morte?
– Sim, não a perde jamais. O que seria ela, se não a conservasse?
150-a. Como a alma constata a sua individualidade, se não tem mais o corpo material?
– Tem um fluido que lhe é próprio, que tira da atmosfera do seu planeta e que representa a aparência da sua última encarnação seu perispírito.
150-b. A alma não leva nada deste mundo?
– Nada mais que a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor. Essa lembrança é cheia de doçura ou de amargar, segundo o emprego que tenha dado à vida. Quanto mais pura ela for, mais compreenderá a futilidade daquilo que deixou na Terra.”

Tudo é muito simples e lógico dentro desta admirável filosofia espiritista, eu sou estudiosa da Doutrina dos Espíritos desde os cinco anos de idade, e feliz, acreditava estar cada vez mais educada espiritualmente; mas, nos últimos anos, descubro a cada dia, admirada com minha prepotência, que havia apenas assimilado conceitos teóricos. Por que?
Porque na hora de exercitar tais conceitos ando reticente... o desencarne ainda me parece uma grande perda, uma injustiça divina para aqueles que partem e para aqueles que ficam. Concluo que eles morreram, e aquele conceito básico que ando estudando sobre as múltiplas vidas, parece tão distante e tão triste, que acabo por questionar a sua serventia. Nesses momentos descubro, admirada, de minha própria insensatez, que a idéia imediata da distancia, rouba a minha crença ainda tão frágil diante das situações que ando vivenciando.
Descubro, ainda, que esse estado de alma, acaba por transitar entre algumas fases bem características de minha evolução moral e intelectual, e elas são bem delineadas:
  1. O susto: descobrir que alguém, a quem amamos, e já tínhamos decidido que faria parte de nossa existência até o final, partiu e não tem como voltar da mesma maneira, isto é encarnado(a) e no mesmo corpo, na mesma vidinha de sempre e ainda mais, no mesmo personagem que tanto nos agradava;
  2. A obrigação, como espírita, de fazer cara de paisagem e atender a expectativa das outras pessoas que nos observam; se são espíritas, nos vigiando para ver o tamanho de nossa fé, e, os não espíritas, para fazer um teste e descobrir se esse negócio de espiritismo é bom mesmo. Esse estágio somos, literalmente, obrigados a não sofrer e sorrir quando nos questionam: “- Como você está?”, equilibradamente, então respondemos: “- Muito bem, afinal sei que ele(a) está muito bem, não morreu, apenas mudou de plano.”
  3. Essa fase é a da comparação: olhamos a nossa volta e vemos um monte de desequilibrados, divulgando o sofrimento e a dor no planeta, mas ainda por aqui, e o nosso amor, tão bonzinho se foi. Então, precisamos entender: “Que quem é bom não precisa ficar por aqui.” Essa fase é a propulsora da revolta, afinal se estamos entrando na reta final de transformação planetária, quanto mais gente boa por aqui melhor, não é lógico?! Então, por que Deus o(a) levou embora?
  4. Estamos saindo da revolta, e entrando na rotina do dia a dia, a saudade bate forte, tudo que fazemos hoje sozinhos, antes contávamos com a presença do outro para dividir decisões, trocar idéias, etc. etc. etc. Ou até mesmo ficar quietos, longe um do outro, mas sabendo que ele(a) estaria ali a um toque da mão, do telefone, ou mesmo nas redes de comunicação. Aí vem um espírito de porco para nos dizer que nossa saudade faz mal ao que partiu, nesse estágio se não sabemos o tamanho do nosso amor, pronto... lá vem a culpa por amar com saudade.
  5. Por fim, vem à acomodação, das idéias, dos sentimentos, junto com o esquecimento do povo sobre a sua perda. Nesse momento, nós podemos racionalizar a informação que ainda não foi assimilada de maneira correta. Sentimos alívio quando andamos pela rua, e as pessoas não mais nos apontam, como se fossemos, verdadeiras aberrações da natureza. Afinal nós perdemos alguém, e essa idéia de perda acaba por incomodar a todos que sentem medo dela.
Daí o tempo vem e acaba colocando as coisas em seus devidos lugares, meio envergonhada das minhas emoções desencontradas de minha crença, reflexiono sobre o acontecido: Faço parte de um processo histórico que vem se desenvolvendo em meu intelecto há “N” encarnações, e o conceito de continuidade para mim, pelo menos, começa a tomar forma hoje, nessa oportunidade, então nada mais natural que antigos resquícios emocionais e intelectuais, aflorem e despertem sentimentos contraditórios as minhas novas aquisições de conhecimento. Essa nova postura baseada na filosofia espírita fornece novas informações de como posso me comportar diante de determinadas situações, isso não quer dizer que já substitui hábitos adquiridos em inúmeras outras vivencias.
Normal, ainda, ter dúvidas e sentir receio desse afastamento, principalmente, porque não dominamos a qualidade de vida daquele que partiu, por isso mesmo, não podemos ter certeza absoluta que ele está como gostaríamos que estivesse, mas sabemos que ele está como precisa. E essa idéia incomoda bastante, afinal perdemos o controle sobre a nossa observação superficial e imediata, e precisamos, em benefício de nossa saúde integral, acreditar em nossa crença ainda tão capenga.
Fico muito irritada quando alguém me diz: Quem é muito bom não precisa ficar por aqui.
Nossa! Se já estou sofrendo com a partida do outro, ainda tenho que assimilar o conceito que se eu fiquei é porque não sou boa coisa? Que inferno!
Sinto saudades sim, eu choro, eu me lembro das coisas boas, mas na maioria do tempo as ruins que deram origem a partida, são as mais fortes, no primeiro momento da separação, foram as emoções mais intensas e mais recentes vividas por mim.
Minhas intenções são as melhores, sinto amor com saudade, e preciso expurgar essa dor antes que ela se transforme em obsessão. Não acredito que minha dor saudável atrapalhe a caminhada do companheiro que partiu, ele deve estar sentindo o mesmo e irá compreender, e dividir comigo mais esse pedacinho na vida, afinal, ela, a vida ainda não acabou.
Nossa! Como é bom quando esquecem que nós estamos sofrendo, mas os amigos nos olham de maneira positiva e firme, apenas nos mostrando que estamos acompanhados e apoiados para superar o momento do trauma recente.
Nossa! Como é bom não precisar escutar opiniões atrapalhadas sobre os nossos sentimentos, que ainda nem sabemos quais são.
Nossa! Como é bom ficar anônimo, de mãos dadas com a amizade verdadeira, que apenas está ali, da maneira que nós precisarmos.
Nossa! Como é bom ser espírita e saber que a vivencia desse conflito me fortalece, me auxilia no processo de evolução através da experimentação da dor, mas com um toque de felicidade, pois já sei que a vida é eterna, e que um dia nos reencontraremos. Quando ou aonde? Deixemos nas mãos da Providencia, afinal nada mais estimulante que a surpresa do amanhã.
Ah! Se pudéssemos pensar e sentir assim, saberíamos, com certeza, que:

"Morrer é apenas não ser visto.
Morrer é a curva da estrada."
(Fernando Pessoa)



Lúmen presente no 2º Megafeirão de Araras (SP)

 
A Editora do IDE - Instituto de Difusão Espírita promoverá nos próximos dias 19 e 20 de novembro o 3º Megafeirão de Livros Espíritas, Espiritualistas e de Autoajuda de Araras (SP). O evento acontecerá nesses dois dias, das 09 às 17 horas, na Avenida Otto Barreto, nº 1.067, no Distrito Industrial II, em Araras-SP, com entrada franca.
 O 2º Megafeirão de Livros Espíritas, Espiritualistas e de Autoajuda é organizado pelo IDE com apoio de oito centros espíritas e uma equipe de mais de 100 voluntários. O local conta com toda a infra-estrutura como guarda-volumes, espaço infantil, lanchonete e bateria de caixas com máquinas de cartões magnéticos, numa área de exposição de mil metros quadrados, além de amplo estacionamento e auditório com capacidade para 400 pessoas, onde os visitantes poderão participar gratuitamente de palestras.
 O evento contará com a participação de 40 editoras, 4 mil títulos e mais de 150 mil livros com descontos de até 70%.
A Lúmen Editorial estará presente com todas as suas obras e sessões de autógrafos com as médiuns Eliana Machado Coelho (sábado e domingo) e Eliane Macarini (só no domingo).
Como parte da programação, já estão sendo distribuídos às escolas da cidade vales-livros, com os quais as crianças poderão retirar, gratuitamente, um livro especialmente editado para elas. Outras promoções para quem adquirir as obras básicas do Espiritismo também estão previstas.

Expectativa dos organizadores Segundo o presidente do IDE, Wilson Frungilo Júnior, o feirão do livro pode ser classificado como uma grande festa e uma excelente oportunidade para todos que se interessam pelos conhecimentos no segmento espiritualista, principalmente, pelos interessados na Doutrina dos Espíritos. "Lá poderão ser encontradas as grandes obras de Allan Kardec, Chico Xavier e todos os consagrados autores dessas áreas", assinala Frungilo.
Na primeira edição, realizada ano passado, como um projeto piloto, mais de 7 mil visitantes passaram pelo feirão durante os dois dias. Para este ano, a expectativa dos organizadores é que o número de visitantes seja superado por conta da ampla divulgação em várias cidades da região.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

PROGRAMA IV FORUM CAMINHOS - O ESPÍRITO NA CIENCIA


IV Fórum Caminhos: O Espírito na Ciência
12 de novembro de 2011
Oásis Tower Hotel, Avenida Maurílio Biagi, 2955, telefone 3878.3000, Ribeirão Preto
Ementa: será uma oportunidade para se refletir sobre os avanços científicos na investigação da mente humana e o desafio que estes conhecimentos impõem ao espírita, considerando-se que os conceitos de alma e de mente aproximam a Ciência do Espiritismo. Quais as linhas de pesquisa disponíveis para investigar a mente humana na atualidade? Quais os resultados mais instigantes destas investigações, suas limitações e consequências? Existe discordância e/ou complementaridade entre as teorias científicas sobre mente e as teorias espíritas sobre Espírito? Existe um olhar que supere a aparente oposição entre Ciência e Espiritismo? Elaborar olhares capazes de nos levar para além das aparências do conhecimento contemporâneo é o objetivo do projeto da Associação Caminhos para o Espiritismo para o biênio 2011-2012. No IV Fórum Caminhos convidamos quatro pesquisadores, sendo três espíritas (Alfredo Rodrigues, Célia Mantovani e Nilza Pelá) e um não espírita (Cleiton Aguiar), que aceitaram compartilhar seus saberes em resposta ao desafio lançado.
Programação
13:30 Recepção dos participantes
14:00 Abertura do fórum
14:10 Primeiro Painel
14:10 Palestra 1: Antes de nascer – palestra em torno das pesquisas que relacionam fenômenos da vida intrauterina com as consequências para a vida pós parto. Um tema que envolve discussões sobre programação e limites comportamentais que podem ser definidos durante a gestação.
Conferencista: Profa. Dra. Nilza Teresa Rotter Pelá – professora titular aposentada pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Até a aposentadoria atuou na área materno infantil e na área de metodologia científica. Espírita pertencente ao quadro de expositores da União das Sociedades Espíritas Intermunicipal de Ribeirão Preto e membro do Caminhos para o Espiritismo. É articulista do Jornal Verdade e Luz.
14:55 Palestra 2: Bases neurais da memória, emoção e planejamento de comportamento - palestra em torno das pesquisas biológicas que relacionam o comportamento humano com os circuitos neurológicos cerebrais e as influências hormonais.
Conferencista: Cleiton Aguiar – atualmente é doutorando no programa de Pós-Graduação em Neurociências/Neurologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Possui mestrado pelo mesmo programa e graduação em Ciências Biológicas pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Estuda as bases neurais da aprendizagem e memória em modelos animais de psicose, epilepsia e doença de Alzheimer.
15:40 Debate com o público
16:00 Intervalo
16:30 Segundo Painel
16:30 Palestra 3: Espírito e cérebro nas doenças mentais – palestra em torno das pesquisas científicas que identificam as causas orgânicas e psicológicas nas doenças mentais, discutindo com a psiquiatria formas de equilibrar o conceito de mente, Espírito e cérebro nas doenças do comportamento.
Conferencista: Célia Mantovani – médica psiquiatra e psicoterapeuta, atua como médica assistente no Setor de Emergências Psiquiátricas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, e mestranda em Saúde Mental na mesma instituição.
17:15 Palestra 4: Experiências de Quase Morte – palestra em torno das investigações sobre as Experiências de Quase Morte, discutindo as evidências de percepções cerebrais e percepções extra-corporais nos fenômenos descritos.
Conferencista: Prof. Dr. Alfredo José Rodrigues – professor de Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
18:00 Debate com o público
18:20 Encerramento

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Preciso de Ajuda Espiritual?!: OBSESSÃO OU AUTO OBSESSÃO?

Preciso de Ajuda Espiritual?!: OBSESSÃO OU AUTO OBSESSÃO?: Era apenas mais um dia de trabalho na sociedade espírita que trabalho. A noite estava quente, o céu nublado, relâmpagos cortavam o céu de t...

OBSESSÃO OU AUTO OBSESSÃO?


Era apenas mais um dia de trabalho na sociedade espírita que trabalho. A noite estava quente, o céu nublado, relâmpagos cortavam o céu de tempos em tempos.
Estava sentada conversando com uma amiga, quando entrou um senhor, aparentando seus cinqüenta e tantos anos, muito magro e alto, o rosto vincado por rugas de preocupação. Ele olhou para nós e perguntou;
- É aqui que trabalha uma médium vidente chamada Eliane?
Logo fiquei com o pé atrás, já vivi situações semelhantes, quando pessoas leigas no assunto da mediunidade, chegam a casa esperando que eu seja a mais eficiente fofoqueira do plano espiritual, afinal se sou vidente, devo saber tudo que acontece em suas vidas, e por raciocínio dedutivo, também devo enxergar as soluções para os problemas alheios. Voltando a nossa história:
- Eu sou Eliane. E o senhor?
- Eu sou o João (nome fictício).
- O que podemos fazer pelo senhor?
- Gostaria muito de ter uma conversa em particular com a senhora.
- Está bem, vamos à sala de atendimento fraterno, mas não estaremos sozinhos, teremos a companhia de minha amiga Zuleica, que nos auxiliará com bons pensamentos e vibrações.
- Está bem.
Entramos na sala de atendimento fraterno, ele sentou em uma cadeira no canto da sala, e passou a observar o ambiente, depois olhando para mim, disse:
- Uma amiga me aconselhou a vir aqui. Estou muito mal, não consigo dormir, comer, ou me relacionar com as pessoas.
- A que o senhor atribui esse fato?
- A meu obsessor. – respondeu olhando para trás e a esquerda.
- O seu obsessor? – questionei.
- Eu sei que a senhora pode vê-lo, a senhora é médium vidente, não é?
- Sou, mas por que acredita que ele é responsável pelo seu desconforto?
- Eu sei da presença dele desde a juventude. Aos dezesseis anos estava muito confuso, não sabia o que queria da vida e fazia parte de uma turma muito barulhenta, minha mãe preocupada me levou a uma senhora espírita, que nos informou da presença dele.
- Ela falou assim, simplesmente, que o senhor tinha um obsessor e ele era responsável por seu comportamento?
- Afirmou, sem sombras de dúvidas, e disse mais, que ele comandaria minha vida, que eu não teria amigos, não conseguiria ter um relacionamento amoroso estável e seria sempre assim, atormentado. Ela sabia do que falava, aconteceu exatamente dessa maneira. Só que estou em um ponto de exaustão, que já penso até em me matar.
- O senhor entende como acontece um processo obsessivo?
- Eu sou expert nisso, afinal estou à mercê de um obsessor a vida toda.
- O senhor procurou entender sobre o assunto, estudar a Doutrina dos Espíritos, ou procurar informações que o esclareçam sobre esse doloroso processo?
- Freqüentar um centro?
- Ou apenas ler, ou conversar com alguém que entenda um pouquinho disso?
- Não, eu me recuso a isso, para que saber mais, se sei da força de meu obsessor? Só estou aqui porque me disseram que a senhora tira os obsessores das pessoas.
- Certo, mas pense bem: o que conhecemos... entedemos e por conseguinte dominamos. O senhor me parece uma pessoa que tem algum estudo.
- Sou professor doutor em uma universidade.
- Para chegar ao ponto de conhecimento e domínio na matéria que ensina, precisou do que?
- Esforço e estudo.
- Sem conhecimento, não haveria como dominar o assunto?
- Isso mesmo. Se por ventura um dia o senhor ficar diabético, como fará para lidar com essa doença?
- Informando sobre o assunto.
- E por que no caso da obsessão é diferente.
Ele parou para pensar e perguntou?
- O que me aconselha?
- Estudo e depois de algum tempo nós voltamos a conversar.
- Mas... a senhora não resolveu meu problema.
- O senhor veio aqui a pedido de uma amiga em que confia?
- Foi.
- E ela confia em mim?
- Confia.
- Então... peço que também confie, haverá uma série de estudos no grupo da terça-feira, e o assunto será a obsessão e auto obsessão.
Ele aceitou minha sugestão. Depois de cinco semanas, ele voltou a me procurar, e novamente, na sala de atendimento.
- Fiz o que a senhora pediu, assisti a todas as cinco aulas, e a semana passada informou que o assunto seria outro. Agora você pode me ajudar a resolver meu problema?
- Muito bem, você já mudou a maneira de falar.
- Por que?
- Antes você queria que eu resolvesse seu problema, hoje você me pediu para ajudar a resolver.
- É verdade, eu entendi que eu também preciso fazer alguma coisa. Primeiro uma curiosidade, a senhora é médium vidente, então com certeza, vê meu obsessor. Como ele é?
- Alto, magro, tem sempre uma expressão muito séria, os olhos são tristes como se esperasse sempre algo ruim na vida. Veste-se com sombriedade, calça escura, camisa branca abotoada sempre até o último botão.
- Nossa! Ele é muito parecido comigo. Isso aconteceu pelo processo de simbióse que a senhora falou?
Eu fiquei olhando para ele e disse:
- Se for isso, você é o obsessor, afinal ele se transformou em você?
Ele ficou me olhando com espanto e disse:
- Processo de auto obsessão? Eu acreditei tanto no que me disseram na juventude e acabei por travar as minhas experiências pessoais?
Depois desse dia, ele continuou a freqüentar a casa por mais um tempo, então deixou de ir.
Um dia fazendo compras em um supermercado, escutei alguém me chamando, olhei e demorei a reconhecer. Era um senhor bastante jovial, alto, não tão magro, olhos espertos e sorridentes, vestindo jeans, camiseta e tênis; ao seu lado uma senhora de aparência delicada e feliz, ele estendeu a mão para mim, e disse animado:
- Desculpe não ter ido mais ao centro, mas tenho tantos compromissos que não está dando. Essa é minha namorada e combinamos de passar por lá e pedir para participar dos estudos.
Olhei para ele e disse feliz:
- Você está muito bonito, sabia?
- Eu sempre digo isso a ele. – Reforçou a namorada.
- E graças a Deus, eu entendi que sou mesmo. – Respondeu com uma gargalhada contagiante.

sábado, 30 de julho de 2011

DE PERNAS PARA O AR!


Oba! Hoje é sábado!
Um dia de pré descanso, afinal precisamos fazer um montão de coisas que durante a semana não temos tempo disponível.
Então, é um dia cansativo, mas agradável.
Fico aqui pensando como os espíritos obsessores se sentem nesses dias, então a cabeça começa a criar algumas idéias, umas lógicas, outras... nem tanto.
Será que eles sentem o mesmo cansaço que nós, de estar sempre na mesma rotina?
Será que esperam, ansiosamente, pelo sábado e domingo?
Qual o motivo que alegariam para esse descanso?
Ou seria os dias ideais para o trabalho deles: Obsediar?
Por que?
Oras, tudo depende de nós, da maneira como conduzimos nossas vidas. Existe uma lei natural, a lei das afinidades, que na Doutrina dos Espíritos, nomeamos de Lei da Afinidade Vibratória.
Acreditamos que ninguém começa um processo obsessivo sem a própria participação, pois esses tristes processos só tem origem com a autoobsessão.
O que é autoobbsessão?
Allan Kardec comenta: O homem não raramente é obsessor de si mesmo. Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta, derivam do Espírito do próprio individuo. São doentes de alma.
E todos somos doentes da alma, a partir do momento que não somos atendidos em nossos desejos, ou contrariados em nossa vontade, nosso padrão mental, porconseguinte nosso padrão vibratório, acaba por perder qualidade, o que faculta a aproximação de espíritos infelizes, ainda capazes de interferir negativamente em nossas mentes.
Aí, voltamos ao sábado, dia em que convivemos mais de perto com os familiares, nosso laboratório mais eficaz nessa oportunidade, o dia da cervejinha com os amigos, um prazer, mas também um desinibidor de comportamento, o dia em que nos tornamos mais sensuais, mas também mais fácil de sermos seduzidos, etc, etc, etc.
Isso tudo que acabei de falar é ruim, é pecaminoso?
Não, de maneira alguma, mas é dúbio ainda em nossas mentes o uso que damos aos prazeres. Perder o controle de si mesmo, é estar a mercê de um mundo que nos parece irreal, inexistente, pois a nossa realidade ainda precisa ser tangível.
Divertir-se, relaxar, amar e se deixar amar, tem tudo haver com felicidade, se o sentimento for antagônico a isso, fique esperto, é hora de parar e pensar o que mais nos importa de verdade.
Um bom final de semana a todos.
De pernas pro ar e de mente aberta para o bem!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Estou com problemas?

Estou com problemas, às vezes, essa idéia é uma certeza, outras tantas, uma indagação, por que sofremos com esses conflitos emocionais, que acabam por nos roubar a frágil sensação de felicidade?
Por que temos tantos motivos para sermos felizes e não o conseguimos ser?
Por que a sensação de nunca estar no lugar certo, na hora certa, com as pessoas certas é uma constante em minha vida?
Por que os conflitos se multiplicam à revelia de minha razão?
Realmente, viemos a esse mundo para sofrer e nunca encontrar soluções que nos capacitem modificar esse estado doloroso?
Tantas questões que acabam se multiplicando em nossas mentes, e roubando o sossego e a esperança.
Trabalho em uma casa espírita, a Sociedade Espírita Cáritas, e uma das atividades que exerço há mais de quinze anos, é junto à equipe de Atendimento Fraterno, e o tempo passa e percebo uma carencia de informação muito grande sobre o aspecto espiritual em nossas vidas.
Refletindo sobre o assunto, percebo quanto seria mais fácil se pudéssemos abordar esse aspecto de maneira mais natural e com mais constancia, visando aquisição de informações que nos auxiliasse a desenvolver um pensamento mais racional, que transformasse a visão de mundo e vida que ora possuímos como certa.
Minha idéia ao criar esse blog é justamente possibilitar essa comunicação, postarei alguns textos abordando vários tipos de problemas que nossa sociedade vivencia, muitos deles também existentes em nossas vidas, e aceitarei com muita alegria: casos, comentários, observações, troca de idéias, etc. etc. etc.
Minha visão sempre estará baseada na admirável Doutrina dos Espíritos, que aborda tres aspectos importantíssimos: filosofia, ciencia e moral (religião).
"É pela educação, mais do que pela instrução, que se transformará a humanidade."
Esse pensamento acaba por descrever a necessidade de todos nós, nesse processo de admirável evolução que vive a humanidade, pois o ser educado possui condições melhores de avaliar escolhas e direcionar consequencias futuras.
Que Deus abençoe a todos nós, espíritos divinos a caminho de sua verdadeira natureza: a felicidade.

Eliane Macarini