Estava pensando sobre o que é ter medo e arranjar coragem, de qualquer maneira, para superar limites. Por mais que tente definir um e outro, apenas consigo visualizar situações, que de uma forma ou de outra, eu preciso ir em frente, independente de estar ou não preparada para isso.
Isso me leva a refletir sobre o danado e saudável exercício de educar minha inteligência, afinal quando enfrentamos limitações é o que nos leva a procurar soluções diferentes às quais estamos acostumados. Esse é o momento de voltar no espaço e no tempo em busca de situações semelhantes e usá-las para comparar com o ocorre hoje, nesse momento de dor, ou apenas de desconforto com a nossa realidade.
Temer é ceder à crença na própria incapacidade de refletir e raciocinar, e isso não é bom, pois apenas nos retém no lugar comum, o que costumamos definir como “zona de conforto”. Se analisarmos a tal “zona de conforto”, chegaremos à conclusão que ela não é tão confortável assim, ela é apenas familiar e manipulável, o que nos possibilita trabalhar a própria insatisfação de uma forma que a nossa rebelião soa como uma traição àquilo que está de “bom tamanho”. Ou seja, não está do jeito que eu quero, mas está do jeito que dou conta, sem muito trabalho.
A tal da coragem é olhar para o caminhar de nossa vida e descobrir que as pedrinhas que nos fazem trupicar, são lembretes de que precisamos encontrar soluções melhores, não mais aceitar o sofrimento, afinal a cada estocada que damos é mais uma dor a nos cobrar a tal felicidade.
Matar um leão por dia? É mesmo necessário?
Afinal, matamos o leão, mas ficamos com a carcaça a nos lembrar que ainda é um peso em algum lugar de nossa mente, talvez em alguma gavetinha bem escondida, onde trancafiamos nossas dores?
E no acumulo de gavetas, acabamos construindo armários imensos, que não nos libera espaço e tempo para enxergar à felicidade, a liberdade, a capacidade de realizar nossos milagres.
Pessoalmente, vejo que as indecisões, as inseguranças, as dores, os temores, as doenças comportamentais, emocionais e mentais tem somente uma origem a insatisfação com o passo que damos para a direção não sonhada, sem mencionar que todo esse desequilíbrio acaba por adoecer essa maravilha, nosso abençoado corpo material, hoje, nesse momento, veículo pelo qual se manifesta nosso espírito; e a escolha do que vamos vivenciar podemos escolher, ou seja, vamos construir um mundo novo ou destruir essa possibilidade.
O que podemos fazer para mudar esse rumo? Eu decidi que não deixo mais “se” e “talvez” ser inicio de meus últimos parágrafos, isso gera dúvida e incerteza sobre minha capacidade de esclarecer e por um ponto final.
Resolve? Até agora consegui melhorar a convivência que tenho com o meu “eu”.
É a resposta? Não sei, até agora está dando certo, mas tenho certeza que esse estado de aprendizagem não termina aqui, mas abre novas perspectivas a novos questionamentos.
O que importa nesse momento é que estou caminhando, para onde? Não sei, ainda procuro respostas.
E você? Qual é sua dúvida?