Felicidade!
O que é ser feliz?
Se olharmos no dicionário encontraremos a seguinte definição: 1 Estado de quem é feliz. 2 Ventura. 3 Bem-estar, contentamento. 4 Bom resultado, bom êxito. F. eterna: bem-aventurança.
Alguns poetas se aventuraram em definí-la, segundo o seu estado de humor e de espírito, do momento. Vamos ver alguns:
1. Fernando Pessoa
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperanças nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. É agradecer a Deus a cada minuto pelo milagre da vida.
Analisando a proposta de felicidade de Fernando Pessoa, faço uma análise pessoal de meus sentimentos: consigo ter forças morais e amorosas suficientes para perdoar às ofensas recebidas? Será que, realmente, entendi como ofensivo algo que não teve essa intenção direta? Ou o meu medo de viver a verdade faz com que minha mente se defenda distorcendo a realidade? Nesses desencontros emocionais, nunca racionais, permito que o amor permaneça, presente e ativo, não submisso e omisso? E ainda, corajosamente, agradeço a Deus a oportunidade desse exercício amoroso?
2. Mario QuintanaQuantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz.
Ah! Querido Mário Quintana, ele nos diz que ela está aí, na ponta do nariz, a tal felicidade; mas, como seres insastisfeitos e prepotentes, continuamos a procurar e não encontrar, afinal a que já temos, não nos agrada o suficiente para trazer paz, então... continuamos a alimentar a dor, sonhando com aquilo que não temos, esperando que amanhã ela, a felicidade, caia de paraquedas em nosso colo, gritando histericamente:
- ESTOU AQUI! ESTOU AQUI!
3. Antoine de Saint-Exupéry (Terra dos Homens- 1939)
Felicidade! É inútil buscá-la em qualquer outro lugar que não seja no calor das relações humanas... Só um bom amigo pode levar-nos pela mão e nos libertar.
Esse autor aposta nos relacionamentos humanos, quando temos a capacidade de reconhecer o valor do outro, apesar das diferenças, responsabiliza os relacionamentos amigáveis pelo sentimento de liberdade que possamos alcançar. No Livro dos Espíritos há referencia sobre a necessidade de convivermos em sociedade, pois esse convívio auxiliaria a todos no processo de educação do Espírito, visto a diversidade de aptidões e necessidades de seus membros.
4. Alfred Montapert
4. Alfred Montapert
O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior.
Monpert ressalta a visão idealista e positivista do ser em relação às suas vivencias, afinal tudo tem seu colorido próprio, basta que não aceitemos apenas as cores embaçadas e escurecidas de uma visão mental adoentada.
5. Allan Kardec
A felicidade depende das qualidades próprias do indivíduo e não do estado material do meio em que se acha.
Allan Kardec procura enfatizar nesse comentário a responsabilidade de cada um sobre si mesmo, sobre a maneira como desenvolve o seu relacionamento com o meio em que vive e com aqueles que participam de sua existencia.
Ele acomoda a felicidade dentro de nossas mentes e não fora de nosso alcance.
Procurei cinco autores que falam ao meu coração, e se analisar o posicionamento de cada um em relação ao nosso estado feliz ou infeliz, veremos que conclamam nosso intelecto para que busque a sua própria maneira, muito peculiar e pessoal, para cada ser vivente, de encontrar o seu equilibrio como ser divino.
Responsabilidade sobre a vida e como viver essa vida, causa e efeito, ninguém foge do destino que escreve a cada minuto.
O amor se manifesta de dentro para fora, o respeito começa em nossos pensamentos, a paciencia é exercitada, primeiro,com nossas limitações pessoais, somente tolero no outro o que já tolero em mim, etc., etc., etc...
A filosofia é simples e amável, escolher entre a luz divina que reside em nossas mentes ou, então, eleger nosso lado sombrio e animalesco e ... sofrer?
Vai aí um pensamento, bem humorado, de Machado de Assis que traduz o que ando reflexionando nos últimos dias, afinal, começamos há poucos dias uma nova oportunidade, o ano de 2012, mas... que no final não deixa de ser a continuidade do bendito ano de 2011.
Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor.
O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento.